quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Religião

Como se espera que eu saiba que religião é a verdadeira verdade? Só porque alguém segue um determinada crença isso não significa que esse seja o caminho certo... Talvez nenhuma religião contenha toda a verdade do mundo. Talvez cada uma contenha fragmentos da verdade, e caiba a nós identificar esses fragmentos e os reunir com coerência.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Avião

Primeiro fim de semana que não escrevo e nem vou para a igreja. Será que estou sem ideias e sem fé? Acredito que não. Apenas pude passar um tempinho com a minha filha. Brinquei, briguei, Sorrimos e catamos. Não sei se essa troca se repetira com frequência mas foi bom demais. Tem forma melhor de passar o tempo com sua filha? Acho que não, o importante é estar com ela. Fiquei em casa brincando de aviãozinho, construindo muros e desenhando. Espero que essa troca se repita muito.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Pai, pâe, mâe, mai ||

Quando a Sophia ainda era bebê, tive uma grande decepção, alem de ter que levar minha filha na UPA pois ela estava com febre alta. A médica me me atendeu de forma surpreendente.
Entrando no consultório.
- Médica: "E a mãe"
- Eu : "E o Pai"
- Médica: " é que o mãe é que tem que vir"
- Eu: Por que?
- Médica: Porque as mães participam mais.
- Eu: Pois é mas lá em casa é diferente, eu também participo.

Então ela cuidou da febre da minha filha
EU: Minha filha esta com uma alergia nas costas e na virilha e já esta ficando preocupante.
Médica: "Resolve com o alergista"
EU: Você nem pode dar uma olhada para saber o que fazer até conseguir um atendimento no Alergista?
Médica: Não, aqui é Emergência.
Ao sair simplesmente comentei que eles deveriam incentivar mais a participação dos pais na criação dos filhos.
E poderia sim ter tirado a roupinha da minha filha para mostrar para ela. Mas diante de tal reação da médica, eu sabia que se eu agisse de tal forma sairia palavrões e tudo que eu estava pensando naquele momento. Aí acho que essa história não iria acabar bem.
Quem me conhece sabe o quanto demoro para me estressar mas preferi ficar calado se não poderia falar besteira ou até fazer algo que me arrependesse hoje.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Penalidade

Tudo bem, que a sociedade tem um sentimento de revolta, desejo de vingança, ódio e quer ver o
criminoso comer o pão que o diabo amassou. Mas diminuindo a idade penal, na minha opinião,só teria efeito socialmente em dar uma rejuvenescida na criminalidade. Não acredito que aumentando a pena, vá diminuir a quantidade de crimes de garotos de 16 e 17 anos. Essa lei é apenas um placebo para a sociedade. Vai dormir pensando 'vencemos essa luta' e acordar assistindo jornais sangrentos na TV.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Cura Gay

1º o projeto pode não ser do Feliciano mas ele fez de tudo para que o projeto entrasse em pauta, por
2º ele fez de tudo para que o projeto entrasse em pauta, pois ele é o presidente da Comissão
Talvez a mídia tenha criado o termo "Cura gay" mas a Igreja criou a termo "Ditadura Gay" para um projeto que simplesmente exige que os homossexuais sejam respeitados.
E sim a bancada evangélica quer fazer com que os homossexuais possam ser tratados como doentes como se psicólogos pudessem curá-los de sua viadagem.
Um Homossexual pode consultar psicólogo sim. Mas o psicólogo não pode considerar que o problema do paciente é ser homossexual e criar uma teoria de que virando heterossexual resolveria seus problemas.
E podem até ter um adulto que procure um psicólogo para curar sua "viadagem" mas por ser gay e adulto sabe que isso não é possível.
Ou que uma mãe ou pai revoltado com a opção, escolha, safadeza ou sei lá o que do filho e por isso empurra-lo para um psicólogo curá-lo como se fosse uma doença.
ser presidente da Comissão.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Pai, Pãe, Mãe, Mai

Sou pai a três anos. Diversas vezes senti como se minha função de pai fosse menosprezada. Só pelo fato de ser um homem. Ser homem torna a pessoa menos apta a cuidar de uma criança? Ser mulher torna a pessoa mais apta a cuidar de uma criança?
Quando minha filha nasceu. Ainda no hospital, Percebi que ela estava suja e fui solicitar à enfermeira, o material para limpar-la. Para minha surpresa, a enfermeira disse que eu não poderia limpar a minha filha e que pai só poderia ajudar a mãe a cuidar da criança. Fiquei sem reação no inicio. Como é que uma enfermeira ou qualquer outra pessoa se sente capacitada a definir quais atribuições podem ou não ser executadas pelo pai. Mas diante do momento que eu estava passando, pelo nascimento da minha filha. Preferi não entrar em atrito. Apenas solicitei a presença de uma enfermeira para cuidar da minha filha. 
Aguardei um tempo e nada de enfermeira. Procurei uma ajuda novamente, dessa vez consegui falar com uma médica. Ela mostrou onde estavam as fraldas e tudo que era necessário para cuidar de um bebê e por pouco não me falou "Se vira!!". E lá fui eu limpar minha filha. Pai de primeira viagem, estava cheio de duvidas mas mexi aqui, levantei ali, limpei lá e pronto, lá estava minha filha linda e maravilhosa.
Passado algum tempo, lá vem a equipe médica com os enfermeiros para cuidar da minha filha. Quando vi a enfermeira começar a trocar a minha filha, comecei a ficar tenso. Achando que ela poderia ver o que eu tinha feito e me criticar. Mas assim que ela acabou de limpar a minha filha, se é que da para chamar aquilo de limpar, me senti o melhor pai do mundo.
Apesar de ter todo apoio da minha família, tanto do meu lado quanto do lado da mãe da minha filha, diante de tanta pressão social, estou começando a entender qual é o meu papel na vida da minha filha. 
Por cuidar muito da minha filha, as vezes ouço me chamarem de Pãe. Um termo usado para elogiar um bom pai. Mas sou apenas Pai, que ao meu ver tem as mesmas atribuições e responsabilidades da mãe. Em breve, uma mulher negligente com suas obrigações diante dos seus filhos será chamada de Mai.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Snoppy

Já tinha assistido vários filmes de animação no cinema mas pela primeira vez o enredo todo girava em torno de um único tema, a infância. Um mundo onde só crianças participam. Adultos nem aparecem na história ou se participam, é apenas com um bla bla bla, literalmente e totalmente previsível. Adultos só podiam assistir, porem não conseguiam ficar em silencio. Afinal todos riam se recordando da sua infância ao assistir Snoopy e Charlie Brown.
Nesse filme usam apenas recursos do mundo infantil diferente de muitas animações de hoje em dia que exploram muito mais o mundo adulto. Snoopy é sutil e envolvente. Onde a piada mais adulta, é quando a irmã do Charlie Brown fala que tenta ganhar dinheiro as custas do sucesso do irmão. Uma criança pode não entender a graça da piada. Mas já entende a dinâmica do ato. 
Levei a minha filha, junto com a mãe dela para assistir o filme no cinema. Minha filha se divertiu muito, mas dois adultos com proximamente trinta anos se divertiram o dobro. O que dava  para notar no restante da sala de cinema. Inclusive casais sem filho e até marmanjos solitários, gostando muito do filme. Pois havia todos os ingredientes necessários para nos adultos regressarmos a nossa infância.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Brilho eterno

Um  filme que gostei muito de assistir, foi "Brilho eterno de uma mente sem lembranças". Onde Jim Carrey  interpreta o papel de um homem comum que tem um relacionamento frustrado.  Então  resolve fazer um tratamento que apagaria a lembrança desse relacionamento e consequentemente da sua ex-namorada. No dia seguinte ele acordaria como se nada houvesse acontecido.
Porem como se fosse um sonho, ele via sua memória se apagando. Momentos bons e ruins desaparecendo da sua memória. Se eu pudesse fazer esse procedimento acho que minha amada mãe estaria no topo da lista. 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Equações

 Joãozinho e seus pensamentos, era assim durante toda a sua vida. Durante sua juventude e sua infância, ele gostava muito de se perder em pensamentos enquanto percorria longas distancias à pé.  Fora fatos do cotidiano, alguns pensamentos se repetiam. Como se ele não conseguisse seguir em frente.
Esse modo de viver sempre no mundo das ideias o atrapalhou muito no decorrer de sua vida. Apesar de  saber que estava em condições iguais aos seus colegas para aprender matemática, geografia entre outras matérias escolares. Na hora que a professora ou qualquer pessoa tentasse lhe explicar alguma coisa. Ele se perdia em pensamentos. Isso foi se repetindo tanto que  tinha uma visão negativa de se mesmo. Pois para ele, não fazia sentido, Coisas tão triviais parecerem tão  complexas quando colocadas no papel.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Transeunte

Na juventude de João, todos achavam que ele era tímido.  Sempre que ouvia isso, João ria por dentro. Realmente ele nunca foi muito comunicativo. Mas o motivo não era a timidez, mas sim por preferir seu mundo ideal. João conhecia pessoas que esbarrava pela rua, nas quadras poliesportivas e muitos outros locais. Porem ao conhecer uma pessoa o bem, perdia o interesse e se afastava. Mas continuava conversando e interagindo com aquela pessoa em sua imaginação.
Uma pessoa em especial lhe marcou. Não pela pessoa que conheceu, apesar de ser uma pessoa muito agradável. O motivo é que essa pessoa lhe apresentou um novo mundo. Nesse mundo, ele não encontrou as respostas que tanto procurava para sua vida, não achou um meio de aliviar sua culpa ou sua dor, porem foi onde finalmente encontrou uma paz que até então desconhecia. Por mais relutante que fosse em relação a temas religiosos. Mesmo sendo agnóstico, encontrou sua paz na igreja Xyz.
Ouvia os cantos de louvor e a pregação do pastor que lhe fazia bem. Já tinha frequentado outras igrejas da mesma religião, ou cultos de outras religiões, mas nunca soube o que procurava. Até ouvia falar que na igreja haveria as respostas para sua vida mas nunca acreditou nisso. Porém finalmente encontrou a paz que precisava para ele próprio achar as respostas de que precisava. 

domingo, 17 de janeiro de 2016

Perdido

João não se encontrava, sentia um vazio dentro de si e não entendia o que motivava isso. Mas provavelmente causado pelo seu afastamento do mundo real. No meio de tanta gente, se sentindo só. Isso foi mexendo tanto com ele pois para ele não fazia sentido. Ele foi a infância inteira em psicólogo mas não conseguia entender porque sua vida continuava vazia.
Por querer enxergar a própria vida por uma novo ângulo, de outra forma. Começou a beber e cheirar cocaína, Até que sentiu um euforia maior do que o normal mas talvez fosse consciente ou covarde demais para entrar de cara nesse mundo.
Ele já estava perdido em seu mundo. Mas por mais perdido que estivesse, essa era sua zona de conforto. Talvez por isso ele não quisesse mudar seu estilo de vida. Todo mundo teme o desconhecido.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Terapia

Não é fácil pensar na morte ou suicídio. Avaliar os prós e os contras da vida. João teve muita sorte de ter as pessoas certas a sua volta. Se não fosse por essas pessoas  provavelmente não  teria tido forças para se manter em pé até hoje e já teria desistido da vida ou pelo menos tentativa de suicídio.Pois é infelizmente,  João tem depressão.
Algumas pessoas podem pensar que ele faz isso para chamar a atenção. A atenção de quem, se ele cresceu numa bolha, onde só existia ele mesmo e seus pensamentos. Ele não era tão comunicativo ainda mais quando se tratava de assuntos do seu intimo.
Não é muito bom viver quase todos os seus dias pensando em como se matar. Isso não é legal mas infelizmente ele cresceu assim. A única coisa que fazia ele  esquecer um pouco tudo isso, era praticar esportes, que já não praticava a muitos anos e agora cuidar da sua filha.
Mas agora além de cuidar da sua filha, ele escreve. Escreve tudo que lembrar e coloca no papel. As vezes tenta criar historias novas com novos personagens, mas inspirados em fatos do seu passado. É uma espécie de terapia  na qual ele liberta suas ideias cruas, as relê e as amadurece.  Percebendo o quanto foi bom viver e como é bom continuar vivo. 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Discussão sem pé

Por que vou há igreja Xyz se não sou crente? Não acredito na ressurreição de Cristo mas acredito em Deus. Encontro uma paz que nunca encontrei em outro lugar. Lá ouço vários ensinamentos bíblicos que eu talvez nem acredite e também ouço vários cantos de louvor.
Como por exemplo foi lido o livro de Marcos capitulo 6, versículo 45 que disserta sobre o episódio no qual Jesus pediu a seus discípulos que entrasse no barco e que fossem para o outro lado do lago. Enquanto isso foi orar no monte. Pouco depois viu seus discípulos cansados, remando contra o vento e daí então Jesus andou sobre as aguas até o barco.
Esse trecho foi usado para dizer aos fiéis que não importa o problema. Deus vai estar sempre ao seu lado para lhe dar a paz e a tranquilidade necessárias para que você resolva seus problemas. Mas Deus não vai resolver os seus problemas, assim como Deus não remou pelos seus discípulos.  Mas intencionalmente ele parou no versículo 50 pois no versículo 51, Deus subiu no Barco e o vento cessou. Não me importa se isso é real, inventado ou recortado. Isso me ajuda.
Sei que não dá para provar sua existência, nem sua inexistência. Sim acredito em algo que não tem fundamento. Que acreditem no Pônei azul que seja. Se isso lhe faz bem, melhor para você. Cada um com a sua fé. 
Qual o motivo de tentar racionalizar a fé de outra pessoa? Se juntarmos duas pessoas da mesma religião para definir o que simboliza Deus. Não acabaria nunca a discussão, agora imagine juntando pessoas de tribos diferentes. Quando não há explicação, não discuta apenas tenha fé.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Conveniente

Todo mundo se perde na falsidade dentro de grupos sociais. Em cada grupo um perfil diferente, trabalho, esposa, filhos ou amigos.
Mas aprendemos isso desde cedo. Afinal quando criança, desde os três anos de idade, aprendemos que não iremos conseguir o que queremos a menos que a nossa forma de ágir seja adequada a quem cuidava de nos seja papai, mamãe,  vovó ou titio. Nessa idade a criança já tem a noção exata de como agir.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Vale a pena ver de novo

Quando Joãozinho via um filme de que gostava. Estranhamente ele gostava de assistir e assistir novamente várias vezes o mesmo filme. E isso se tornou um motivo de chacota para quem sabia dessa pequena mania.
Mas assistir um filme repetidamente até que fazia sentido pois ele pois queria que sua vida assim como os filmes, pudesse voltar ao início ou pelo menos uma fase da sua vida.
Mas a vida dele parecia mais um CD arranhado que não saía de uma mesma nota. Pois assim como a música, Sua vida tocava sempre a mesma nota.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Doidera



Saiu do trabalho mais cedo. Como de costume ao entrar no  carro parecia ser possuído e começava a falar sozinho.  Sem passageiro e nem telefone, apenas João e o barulho do Motor. Costumava falar mais sozinho do que com pessoas reais. Arthur havia sumido, porem ainda preferia o mundo ideal ao real.
Voltando para a casa, conversava, discutia, brigava com seus “fantasmas”, batia no volante, xingava e sua pulsação até aumentava. Naquele dia, estava sentindo que seu rendimento no trabalho estava abaixo do que podia render. Achava que todos os seus colegas, o julgavam,  o menosprezavam. Porem, Dentro daquele carro é que conseguia resolver seus conflitos para que no dia seguinte pudesse voltar ao trabalho novamente.
Ao entrar em um engarrafamento, foi interrompido de seus delírios com um estranho rapaz com cabelo rastafári, motorista do carro ao lado. Olhando para ele, como quem não soubesse o que fazer. O motorista falou alguma coisa que João não entendeu. Porem poderia apostar que ele falou algo do tipo. “Cara, essa é da boa. Onde você comprou?”. Só havia um problema. João não bebia e nem se drogava. Ele apenas  preferia viver num mundo ideal.